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domingo, 31 de maio de 2009

TABELA COPA SUB-15 / dia: 07 de junho

Chave A:
Equipe 1 – Proespe
Equipe 2 – PR Car
Equipe 3 - Sertanópolis

Chave B:
Equipe 4 – Centro Esportivo 11 de Outubro
Equipe 5 – Lupionólis
Equipe 6 – IBIPORA

JOGOS DOS DIAS: 07/JUNHO – DOMINGO
08:30 horas – PROESPE X PR CAR
09:30 horas – 11 DE OUTUBRO X LUPIONÓPOLIS
10:30 horas – PR CAR X SERTANÓPOLIS
11:30 horas – LUPIONÓPOLIS X IBIPORA
Almoço das 12:00 horas até 13 horas
13:30 horas – PROESPE X SERTANÓPOLIS
14:30 horas - 11 DE OUTUBRO X IBIPORA
Lanche da tarde partir das 15:00 horas
15:30 horas – 1a.semi-final - 1º Colocado CHAVE A X 2º Colocado CHAVE B
16:30 horas – 2a.semi-final - 1º Colocado CHAVE B X 2º Colocado CHAVE A
17:30 horas - 3º lugar
18:30 horas - FINAL
19:30 horas - Entrega das premiações * inclusive das equipes medalhas de participação.

Contato> Zeca (43) 9961-5984 ou Silvana (43) 9162-2001

sexta-feira, 29 de maio de 2009

CONFIRMADAS EQUIPES PARA COPA SUB-15 :

I COPINHA MAXIMUS PROESPE SUB-15
INSCRIÇÃO DE ATLETAS ATÉ 15 ANOS.
CONFIRMADAS EQUIPES :
Sertanópolis / Centro 11 Outubro de Cambé / Proespe Futsal / PR Futsal / Lupionópolis/ só falta confirmar TELEMACO BORBA.

LOCAL CONGRESSO TÉCNICO: FACULDADE CATUAI -31/maio às 10:00 horas.
LOCAL DOS JOGOS: GINÁSIO DO JARDIM STO AMARO - 07/junho.

Silvana 29/05/2009.

domingo, 24 de maio de 2009

em breve fotos dos amistosos

AGUARDEM !!!

SELEÇÃO FEMININA DE CAMBÉ - JOGOS JUVENTUDE

SELEÇÃO CAMBÉ JOGOS JUVENTUDE - FASE REGIONAL
(de 19 à 27 de junho na cidade de Bandeirantes)
FORAM CONVOCADAS ÀS SEGUINTES ATLETAS PELA SECRETARIA DE ESPORTES:
1-Giuliany -Proespe e Instituto Futsal
2-Kawany - Proespe
3-Pamela - Proespe e Raminelli
4-Creica - Proespe e Raminelli
5-Jéssica - Proespe
6-Maiara -Proespe e Raminelli
7-Madiam - Proespe e Raminelli
8-Geisebel - Raminelli
9-Ana Letícia - BEC e Sosu
10-Rafaela - BEC
11-Paula - BEC
12-Priscila - PR Futsal
14 -Luara - Centro 11 Outubro de Cambé
15- Pamela - Cento 11 de Outubo de Cambé
Convocação feita pelo Garrincha /chefe da Divisão de Futebol
(Edson Bezerra do Nascimento)
Responsável pelas atletas no Juventude: SILVANA TEODORICO DA SILVA.
TREINO PARA ATLETAS ACIMA: 28/05 - QUINTA FEIRA ÀS 16:30 hrs. DO JUVENTUDE
LOCAL: GINÁSIO JOÃO DEUS ALMEIDA

sexta-feira, 22 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

Futsal Feminino: perfil e implicações pedagógicas

Autores: Wilton Carlos de Santana e Heloisa Helena Baldy dos Reis
Acessado em: 16/04/2009
Acesse: http://www.pedagogiadofutsal.com.br/ para ver mais artigos do autor.

Resumo
Esta pesquisa teve como objetivos conhecer o perfil das atletas de elite do futsal feminino paranaense e discutir possíveis implicações desse para a pedagogia do futsal. Aplicou-se um questionário para 43 atletas que disputaram a fase semifinal do Estadual, categoria principal, 2002. Obtiveram-se os seguintes resultados: (a) a média de idade das atletas foi de 20,55 anos (± 4,77); (b) a Escola (46,4%), seja em aulas de Educação Física (34,8%) ou na escola de futsal da própria escola (11,6%), foi o principal ambiente de iniciação; (c) a adolescência foi o período da vida onde a maior parte (62,8%) iniciou-se na prática sistemática do futsal, em média, aos 13,69 anos (± 3,18); (d) a idade de filiação a uma Federação aconteceu, em média, aos 17,12 anos (± 3,28), ou seja, a maior parte (69,7%) vinculou-se à Federação na adolescência; (e) o tempo de prática sistemática, em média, foi de 6,95 anos (± 3,18); (f) 32,5% consideraram o prazer de jogar e de se divertir como o fator mais relevante nos anos de prática sistemática, e (g) 32,5% das atletas eram remuneradas para jogar. Concluiu-se que o futsal feminino poderá questionar o paradigma atual de iniciação esportiva que se adota no futsal masculino.
Introdução
A prática do futebol de salão feminino foi autorizada pela Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA) em 23 de abril de 1983. Passadas apenas duas décadas, o que se observa é uma evolução significativa: em âmbito nacional, além da tradicional Taça Brasil de Clubes, que em 2003 completou a XII edição, formou-se pela primeira vez uma Seleção Brasileira do gênero - mais precisamente em 07/12/2001, quando de um jogo amistoso com o Paraguai, em Londrina (PR), e promoveu-se, em 2002, o I Campeonato Brasileiro de Seleções. Nesse último, realizado em São Paulo com a participação dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, essa última foi campeã. Supomos que no futsal feminino, a exemplo do que ocorreu com o masculino, chegou a era do profissionalismo, isto é, o que era diversão passou a ser ofício. Atualmente no Brasil e em particular no Estado do Paraná, parte das atletas, como este estudo revelará, é remunerada para treinar e competir em futsal. Com o advento da Seleção Brasileira da categoria principal, a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) demonstra o seu interesse em fomentar intercâmbios internacionais. Para tanto, programou, para 2003, o primeiro Sul-americano de Seleções a ser disputado no Brasil. Na Europa, elabora-se a Eurocopa. Acreditamos serem esses os primeiros passos para a realização, num futuro próximo, de um Campeonato Mundial. Há, inclusive, uma necessidade de se expandir o futsal feminino em âmbito internacional, isso porque esse, para tornar-se Olímpico, tem de ser praticado pelos gêneros masculino e feminino. Logo, ao nosso ver, o futsal feminino vive o seu mais bem sucedido momento histórico. No que pese a relevância política do futsal feminino para a admissão do futsal nos Jogos Olímpicos há indícios de que essas projeções têm uma relação estreita, também, com o fato de o nível técnico do primeiro se encontrar em processo acelerado de desenvolvimento. As evidências são notórias: o interesse crescente da mídia, que se propõe a divulgar, ainda que timidamente se comparado ao futsal masculino, os eventos do gênero; as iniciativas anteriormente citadas da CBFS que, tudo leva a crer, incrementarão a expansão do futsal feminino; e em particular a conquista inédita da Associação Sabesp (SP) no Campeonato Sul-americano de Clubes de 2002, disputado em Nhunhoa, Chile. Nesse contexto promissor, interessa-nos o conhecimento do perfil das protagonistas e o que as suas experiências de vida apontam para a pedagogia do futsal. Afinal, sabemos muito pouco sobre elas. Por isso, investigamos (a) qual a média de idade, (b) onde elas aprenderam a jogar, (c) quando se iniciaram na prática sistemática do futsal, (d) em quais idades se vincularam às Federações, (e) há quanto tempo praticam o futsal sistematicamente, (e) o que consideram mais relevante nos anos de prática sistemática e (f) quantas são remuneradas para jogar. Pensamos que caracterizar um perfil justifica-se na medida que identificaremos quem são as atuais atletas de equipes adultas da elite do futsal paranaense e, ainda, se o perfil dessas traz alguns subsídios para a pedagogia do futsal.
Método
Aplicamos questionários em 43 atletas de futsal do Estado do Paraná da categoria principal de quatro equipes de diferentes regiões do estado - três do norte e uma do sul. O questionário, elaborado com perguntas de múltipla escolha com mostruário, de estimação ou avaliação e de fato13, foi aplicado durante a disputa da fase semifinal da Taça Paraná de Clubes 2002. A aplicação desse contou com a colaboração das supervisoras e dos técnicos (as) das equipes. Houve uma explicação detalhada das questões e a solicitação para que o mesmo fosse preenchido no tempo disponível das atletas, portanto, distante do clima de jogo que, em geral, desfavorece a concentração. Salientamos que esse número corresponde a 50% do total de equipes inscritas no evento.
Resultados
1. Média de idade
Adotamos a referência etária para a adolescência preconizada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, ou seja, dos 12 aos 18 anos de idade. A média de idade encontrada foi a de 20,55 anos (± 4,77). 37%, isto é, 16 atletas, adolescentes entre 15 e 18 anos e a maior parte, 63%, 27 atletas, composta de atletas adultas, entre 19 e 34 anos. Notamos que apesar de o campeonato ser da categoria principal, ou seja, jogado por mulheres adultas, encontramos 16 atletas com idade inferior a 19 anos.
2. Principal local de iniciação
Descobriu-se que 37,2%, 16 atletas, deram os primeiros passos no futsal na rua, isto é, num local que não se encaixa nos convencionalmente destinados à iniciação esportiva; 34,8%, 15 atletas, se iniciaram na Escola, em aulas de Educação Física; 11,6%, 05 atletas, se iniciaram na escola de futsal da Escola; 11,6%, 05 atletas, se iniciaram na escola de futsal de um clube e 4,6%,02 atletas, se iniciaram em outra escola de futsal, como uma escola particular e um projeto de extensão de uma Universidade.
3. Início da prática sistemática
A média de idade em que as atletas iniciaram a prática sistemática do futsal, isto é, o período onde foram orientadas por um professor, exigiu-se freqüência semanal e competiu-se com outras equipes do mesmo gênero, foi de 13,69 (± 3,18). A maior parte, 27 atletas, 62,8% do total, iniciaram na adolescência, entre 12 e 18 anos de idade; 27,9%, isto é, 12 atletas, na infância, entre 09 e 11 anos de idade e 9,2%, 04 atletas, na maturidade, entre 19 e 20 anos de idade.
4. Início do vínculo federativo
A média de idade em que as atletas federaram-se, isto é, estabeleceram um vínculo federativo, é de 17,12 (± 3,28). A maior parte, 25 atletas, que corresponde a 69,7% do total, federou-se na adolescência, entre 13 e 18 anos de idade; na maturidade, encontrou-se que 16 atletas, 36,6%, federaram-se entre 19 e 29 anos de idade; na infância, aos 11 anos de idade, federaram-se 02 atletas, que corresponde a 4,6%.
5. Tempo de prática sistemática
A média encontrada entre as atletas quanto ao tempo de prática sistemática do futsal foi de 6,95 anos (± 3,18). 37%, isto é, 16 atletas, tinham entre 02 e 05 anos de prática sistemática; 53,3%, 23 atletas, tinham entre 06 e 10 anos e 9,2%, 04 atletas, tinham entre 11 e 14 anos.
6. O que consideram mais relevante nos anos de prática sistemática
14 atletas, 32,5% do total, escolheram como fator mais relevante nos anos de prática sistemática do futsal o prazer de jogar e de se divertir; 09 atletas, 20,9%, aprender a lidar com vitórias e derrotas; 07 atletas, 16,2%, a conquista de títulos; 06 atletas, 13,9%, o desenvolvimento de habilidades técnicas e táticas; 06 atletas, 13,9%, aprender a conviver em grupo e 01 atleta, 2,3%, o desenvolvimento de novas amizades.
7. Remuneração
Quando do estudo, evidenciou-se que 32,5%, isto é, 14 atletas, eram remuneradas e 67,4%, 29 atletas, não eram remuneradas para jogar futsal.
Discussão Por conta de o futsal feminino, diferentemente do masculino, carecer de uma categorização regulamentada a respeito da divisão etária das suas diversas categorias, nós julgamos pertinente que a Confederação Brasileira de Futsal em geral e as Federações em particular se preocupem em homogeneizar a faixa-etária. Isso evitaria tratamentos distintos para a mesma categoria. Por exemplo, no Estado do Paraná, local da investigação, cinco adolescentes de 15 anos participaram da Taça Paraná de Clubes na categoria principal. Se o evento fosse no Estado de Minas Gerais, as adolescentes não participariam, haja vista que nesse último a idade mínima para a categoria principal é de 16 anos. Um ponto que se pode discutir quanto à média de idade é a predominância de atletas adultas jovens o que, em se tratando de treinamento, é um dado promissor. E o é porque se sabe que em esportes coletivos é estreita a relação entre resultados expressivos e idades maduras. Ratifica essa assertiva o estudo de Jordin & Chudinov4 que investigaram as idades dos participantes e dos campões de 20 edições dos Jogos Olímpicos, de 1896 a 1984. Os autores encontraram que 55% dos participantes (mais da metade) tinham mais de 25 anos; 59% dos campeões tinham idade entre 25 e 35 anos.
Quanto ao principal local de iniciação, os resultados apontam para o fato de que de cada dez atletas do futsal feminino paranaense, três ou quatro deram os seus primeiros passos na rua, quatro ou cinco em aulas na escola (três nas aulas de Educação Física e uma ou duas na escola de futsal da Escola), apenas uma ou duas no clube e, quando muito, uma iniciou-se numa escola especializada particular ou num projeto de extensão de uma Universidade. Por um lado, o fato de 37,2% das atletas se iniciarem no jogar com a bola nos pés na rua revela que esse ambiente, ainda que informal e desprovido de um tratamento pedagógico6, é favorável para o aprendizado do futsal. Isso porque insere a criança em situações muito próximas do contexto do jogo: joga-se com bola, há a presença de companheiros e de adversários e preserva-se o objetivo de se fazer e de se evitar gols8. Significa dizer que não apenas as escolas, os clubes e as associações ensinam às crianças jogar bola com os pés.
De outro lado, o fato de a Escola ter sido o principal local de iniciação das atletas no futsal, evidencia ou a defasagem do clube, e também das escolas especializadas particulares e dos projetos de extensão das Universidades em relação àquelas, ou o fato de o futsal feminino ser um esporte pouco oferecido. Por extensão, de uma maneira geral, os resultados sugerem que nem o clube, nem a iniciativa privada e tampouco as Universidades atentaram para a formação de escolas de iniciação ao futsal feminino. Essa forma subliminar de exclusão ratifica, minimante, a idéia de uma sociedade sexista. É o mesmo que dizer que o futsal é coisa apenas para meninos. Nesse particular, pontuamos que, embora a escola seja o ambiente onde a maior parte das meninas se iniciou no futsal, ela omite-se da tarefa de democratizar o futsal entre as meninas. Tarefa esta que é o seu dever e não mera concessão. Será que a escola, a exemplo do clube, das escolas especializadas e das próprias Universidades, não se presta ao papel de disseminar preconceitos?
Quanto ao início da prática sistemática do futsal, descobriu-se que a maior parte das atletas se iniciou na adolescência. Por um lado, isso pode estar relacionado com o fato de o futsal feminino concentrar o seu período competitivo (de disputa de campeonatos oficiais) na adolescência. Logo, seria nesse momento que as atletas se interessariam mais pelo esporte. De outro lado, os resultados apontam a procura pela prática sistemática do futsal na infância. Isso leva-nos a supor que, pelo momento histórico que passa o futsal feminino, e por conta do que isso pode significar em nível organizacional, será cada vez maior a procura pelo futsal nessa fase da vida, o que sinaliza para o fato de que mais programas de iniciação serão oferecidos, mais meninas se inscreverão nesses e, progressivamente, haverá uma inversão da idade de início da prática sistemática.
Entretanto, seria positivo iniciar a prática sistemática do futsal na infância? Por um lado, sim. Isso pelo menos por três motivos: (a) as crianças se apropriariam de um esporte que é um patrimônio cultural e, portanto, de direito de todos, meninos e meninas; (b) com o devido tratamento pedagógico, a iniciação poderia ser uma facilitadora educacional, isto é, em aprendendo futsal, as meninas aprenderiam mais que futsal6, 19; (c) assim como a iniciação poderia ser um meio para favorecer a auto-estima, para introduzir uma cultura de lazer esportivo, para desenvolver capacidades. De outro lado, e isso que nos preocupa, está a possibilidade de se instalar algo negativo como a especialização precoce, isto é, a fomentação de uma pedagogia reducionista, da qual deriva um ensino unilateral, eventos competitivos hostis, agressivos, diferentes interesses, por vezes conflituosos, de técnicos, pais, dirigentes esportivos, diretores escolares, mídia. Sabe-se que a especialização precoce14 tem conseqüências negativas, como, por exemplo, o estresse de competição3, a saturação esportiva16 as lesões5, a formação escolar deficiente12, a perda da liberdade1. Portanto, iniciar na infância pode ser bom ou ruim.
Depende do que se fizer dessa e nessa iniciação.
O resultado obtido de que a maior parte das atletas se iniciou sistematicamente no futsal na adolescência (62,8%) converge com o fato de essas terem se federado também nesse período. Outro fator que contribui significativamente para isso é o fato de que, até o momento, não houve, por parte das federações, a oficialização de outras categorias que contemplem faixas etárias infantis. Logo, ainda que uma parte das atletas tenha se iniciado na prática sistemática do futsal na infância, apenas na adolescência é possível e necessário filiar-se à Federação.
Os resultados sobre o que as atletas consideram mais relevante no seu tempo de prática istemática apontam que os aspectos emocionais, como o prazer, a diversão, os sentimentos associados a vencer e a perder e a conquista de títulos são mais relevantes para elas do que o aprendizado de habilidades técnicas e táticas, ainda que, de fato, sejam essas últimas o que as capacitam a mais bem jogar futsal. Chama-nos a atenção, também, o dado de as mesmas darem a mesma importância a aprender a chutar, a driblar, a se posicionar, a se movimentar - conteúdos relacionados às habilidades técnicas e táticas -, e desenvolver-se moralmente, que tem a ver com um melhor convívio social.
Por extensão, inferimos que as atletas importam-se, num primeiro plano, com sentimentos voltados para si mesmas, como o prazer que têm em jogar, em se divertir, em lidar com as derrotas e vitórias, em alcançar êxito no que fazem; num segundo plano com fatores técnico-táticos e sociais - como aprender a mais bem se relacionar com os outros - e, por último, com a atitude de se fazer novas amizades.
A narrativa anterior, pelo menos para os nossos sujeitos, desmente a idéia de que o esporte, quase que exclusivamente, serve como um meio de projeção pessoal. Conquistar títulos, por exemplo, aparece apenas em terceiro lugar na preferência das atletas. Deduz-se que para a maior parte das atletas os anos de prática sistemática do futsal deixaram uma imagem mais associada ao componente lúdico esportivo do que ao de resultado.
Quanto à remuneração, ainda que a menor parte seja remunerada (de cada dez atletas do futsal feminino paranaense, cerca de três são remuneradas para jogar), supomos que, por conta da criação de uma Seleção Brasileira permanente, da fomentação de campeonatos nacionais e internacionais, da presença de patrocinadores e em particular das escolas de iniciação esportiva (que revelarão talentos), é promissor, num futuro próximo, o aumento do número de atletas remuneradas.
Há pontos que este estudo revelou que interessam em geral para a pedagogia do futsal e em particular para os professores que trabalham com o futsal feminino. Apontamos, minimamente, cinco:
(1o) É positivo o fato de 41,7% de as atletas que estão na categoria principal terem se iniciado na prática sistemática do futsal em uma idade absolutamente adequada do ponto de vista científico, isto é, entre 09 e 12 anos de idade. Isso contrapõe, minimamente, o que se observa no futsal masculino, onde os clubes oferecem programas de iniciação para crianças a partir dos 05, 06 anos de idade. Mas, por quê adequado? Porque essa é, em muitos domínios e progressivamente, uma fase da vida indicada para aprender mais sobre algo em particular. Esse conceito é tanto mais verdadeiro quanto mais a criança se aproxima dos 12 anos de idade. Encontramos na literatura algumas posições que ratificam essa assertiva: (a) de que essa é a melhor fase para aprender movimentos15, (b) de que é essa uma fase de se utilizar habilidades motoras num contexto esportivo mais definido7 (c) de que essa é uma fase indicada para se aprender a técnica das diferentes habilidades específicas 9 (d) de que nessa fase se inicia o pensamento abstrato18, essencial para o aprendizado tático, (e) de que essa é uma fase onde é crescente a capacidade para se relacionar cooperativamente17, (f) de que, portanto, essa é uma fase indicada para o início da prática sistemática de um tipo de esporte2. Por conseqüência, iniciando-se nessa faixa etária as meninas tendem a escapar da especialização precoce, que traz no seu bojo o equívoco de se ensinar muito sobre pouco numa fase da vida (entre os 05/06 e 09/10 anos) onde se deve aprender, sem exageros, coisas diversificadas;
(2o) Outro ponto, decorrente do anterior, está no fato de as meninas, longe do vínculo precoce com a Federação, ficarem distantes das competições que contemplam regulamentos únicos para uma criança de 07 anos, para um adolescente de 18 e para um adulto de 25 anos de idade. Enquanto de um lado há indícios de que grande parte dos meninos se inicia na prática sistemática do futsal aos 06, 07 anos de idade e, em alguns casos, desistem aos 14, 15 anos, isso provavelmente por conta de possíveis efeitos da especialização precoce (em particular o estresse de competição), de outro lado, têm-se meninas na mesma fase longe de serem especializadas, praticando o futsal nas aulas de Educação Física ou na escola de futsal da Escola ou, ainda, informalmente, na rua. Mantêm-se, portanto, longe das competições oficiais e da cobrança por resultados imediatos que em geral os meninos sofrem de seus pais e professores;
(3o) Outro ponto importante a considerar é o de que, sem a pressa em se especializar antes do tempo, a menina chega à fase adulta sem seqüelas e com muito para aprender - nós observamos que a maior parte (62,8%) se inicia na adolescência, que elas se federam em média aos 17,12 anos (± 3,28) e que a média de idade é de apenas 20,55 anos (± 4,77) - o que, em se tratando de resultados superiores, como apontou o estudo de Jordin & Chudinov4, é bastante significativo e sinaliza para um futuro promissor. Bompa2 (2002), oportunamente, clarifica que em esportes onde a velocidade e a potência predominam (como é o caso do futsal), os atletas podem se iniciar entre os 10 e 12 anos, mas devem se especializar apenas quando conseguirem lidar com a demanda de um treinamento de alta intensidade, o que acontece apenas no final do estirão de crescimento, isso entre os 14 e os 16 anos. Por extensão, os melhores resultados dar-se-ão entre 22 e 28 anos de idade;
(4o) Em particular, a idade de início e o tempo de prática sistemática das atletas da nossa pesquisa se opõem ao que se encontra no gênero masculino. Isso é facilmente diagnosticado por conta da participação de meninos, a partir dos 05, 06 anos de idade, em campeonatos oficias municipais e estaduais. Significa dizer que um rapaz aos 20 anos de idade acumulará 15 anos de prática sistemática do futsal, enquanto uma moça da mesma idade, por conta da média de tempo de prática sistemática de o futsal ser, entre essas, de 6,95 anos (± 3,18), acumulará, no máximo, aproximadamente 09 anos. O ponto é: qual gênero, diante do que em geral se faz da iniciação ao futsal, está menos sobrecarregado para enfrentar as demandas de um treinamento especializado?
(5o) Pensamos que alguns podem sustentar a idéia de que um fator restritivo ao fato de as atletas se iniciarem no futsal, sistematicamente, por volta dos 11 anos de idade seria o fato de capacidades físicas como velocidade de reação, flexibilidade e as capacidades coordenativas, que têm alta sensibilidade na infância 10,11 deixarem de ser desenvolvidas nos seus períodos sensíveis. Sobre isso, há muito para se discutir. Por exemplo, quem nos garante que as escolas de futsal dão conta dessa demanda? Quem nos garante que as meninas na rua ou nas aulas de Educação Física, ambientes onde a maior parte deu os primeiros passos no jogar bola com os pés, não estão mais próximas da diversificação necessária de movimentos?
Conclui-se, por um lado, que uma das contribuições desta pesquisa é a possibilidade de que o futsal feminino pode estar, de certa forma, questionando o paradigma atual de iniciação que se adota no futsal masculino. Isso porque o futsal feminino apresenta, mesmo sem submeter suas atletas à especialização precoce, evidências de excelência e de um futuro promissor. Em outras palavras: os limites restritivos que a especialização precoce impõe às crianças do gênero masculino não perpassam, ainda, a iniciação ao futsal feminino.
De outro lado, paradoxalmente, a crescente expansão do futsal feminino poderá significar o início de um processo esportivo conflituoso, a exemplo do que acontece no masculino. Ou seja, se houver a oficialização de categorias para meninas de 05 a 12 anos, os campeonatos oficiais municipais e estaduais com regulamentos únicos independentemente da faixa etária, as cobranças excessivas, e não houver, por parte dos professores, o devido cuidado pedagógico, teremos a possibilidade de se instalar nesse gênero os mesmos problemas relacionados à especialização esportiva precoce que o gênero masculino enfrenta.
Apontamos a necessidade de que outros estudos sobre o perfil das atletas brasileiras de futsal feminino sejam feitos. Em particular, um que investigue em nível nacional o que estudamos.
DAIANE MARQUES
Aux. Tecnica da equipe PROESPE-FUTSAL Sub-15

segunda-feira, 18 de maio de 2009

CONVOCAÇÕES JOGOS JUVENTUDE/2009 -Fase Regional

Em breve será divulgado pela Secretaria Municipal de Esporte de Cambé nomes das atletas para seleção.
CT.Silvana

AMISTOSOS DIAS: 22/05 e 23/05

dia: 22/05 - sexta feira
Local: Moringão às 14:30 horas - Londrina
equipe sub-15 : Amistoso entre PROESPE 01 x 09 UNOPAR
LOCAL SAÍDA ATLETAS: Ginásio Ana Rosa 13:15 hrs e Ginásio Sto.Amaro 13:20 horas

dia: 23/05 - sábado
Local: Ginásio João de Deus Almeida - Cambé
1º jogo às 17 horas - equipe sub-15 : PROESPE 02 x 03 MARINGA
2º jogo às 18 horas - equipe Adulta : PROESPE 03 x 04 MARINGA
SUB-15 chegar no Ginásio: 16 horas
ADULTA chegar no Ginásio: até 17:30 horas (todas camisetas azul de passeio + uniforme jogo)

CT- Silvana Coordenadora