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segunda-feira, 19 de março de 2012


"São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o seu corpo será luminoso". Mateus 6:22

O tema adotado nos faz refletir sobre a importância da visão. O que vemos, como vemos ou quando vemos faz toda a diferença em nossa vida.

De fato, a visão domina a vida, tanto que ela pode definir se, em nosso viver, haverá luz ou trevas, segundo o texto de Mateus 6:22.

Ter visão significa caminhar com luz. Não se trata de enxergar todo o caminho, mas o necessário para dar passos, ainda que sejam os primeiros, com bastante segurança e tranquilidade – a exemplo do farol de um carro que nos leva por milhares de quilômetros iluminando nada mais do que 50 metros a nossa frente.

Assim, falar de uma vida que tem visão é entender por que algumas pessoas estão à frente de seu tempo, é perceber por que estas pessoas parecem ter um pacto com a alegria e com o entusiasmo. Isso é fantástico!

Se a visão é assim tão importante e ilumina a vida, quais características o nosso “olhar” deve ter?

Nossa visão deve ser sensível ao belo, para enxergar vida onde há morte. Ela também precisa revelar nossa saúde e beleza interiores, pois o que enxergamos fora é o reflexo do que temos dentro. Observemos a frase de Angelus Silésius: “se, no teu centro, um paraíso não puderes achar, jamais terás a chance de, um dia, nele entrar” (leia também Pv 3:23).

Contudo, além dessas características, a visão que ilumina a vida também é ativa, ou seja, não vê as coisas e sobretudo as pessoas como simples paisagens. A visão que vê assim, de fato, não vê, pois não se compadece ao ponto de colaborar para que uma triste realidade seja transformada.

Há também um ponto certo, uma posição correta para a visão transformadora, ou seja, o local que estamos vendo determina nosso raio de visão. A Bíblia fala sobre Abraão, um homem que recebera promessas de Deus. Porém, em um determinado período de sua vida, ele nada mais sabia fazer do que ficar em sua tenda curtindo sua amargura, suas decepções, seus sonhos aparentemente não realizados. Perceba que, nessa ocasião, ele estava em um lugar altamente limitante: em uma tenda.

Deus o chamou para fora. Agora não mais para fora da terra, mas para fora da tenda, a fim de contemplar a imensidão do céu e relembrar tudo o que Deus lhe havia prometido. Será que nós também não temos que sair da tenda às vezes?

Que o Senhor ajuste o nosso foco a fim de que nossa visão, de fato, traga luz para nossas decisões e paz para a nossa vida. Que Deus pingue seu colírio em nossos olhos e que, neste ano, vejamos como Ele vê, para sua glória e seu louvor.

Pr. Leonardo Mendes Neto
Capelão do Colégio Londrinense

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